quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

O bom é que todo mundo tem uma piadinha sexual pra cada momento, sei não. Júlia, por exemplo, já substituíu por completo o amor pelo sexo. Nunca chegue com cara de que viu um cavaleiro medieval em um cavalo branco, porque ela manda logo você dar a "priquita". Isso ae. Não é pipiu, nem vagina, nem pi-ri-qui-ta. É priquita. Se a gente tá na aula de química, sem entender nada, e Augusto sabe as respostas, é porque ele já "deu" no Cefet. Até Luiz Neto, nosso queridésimo professor, com o M (mi) X D (dê) - (coeficiente de atrito dinâmico), pede um casquinho.
E o melhor é que não tem uma piadinha dessas que não cause uma risadinha, nem que seja sarcástica, ao lembrar da noite anterior. ¬¬' Laura fica vendo uns certos vídeos no Youtube e fica variando pelo MSN. Cris, ainda bem, passou um pouco das crises de ninfomania, mas eu ainda tenho que agüentar aqueles electros tipo sextasy, star 69, satisfaction, eurotrashgirl, fuckmei'mfamous que ela escuta. Olhe, sei não.
Eu tô (re) lendo aqui esse meu post. Tá parecendo um manifesto anti-sexualismo. Pense, daqui a pouco eu ponho um - sou frígida, gentem, e daí? (não, hein). Tô falando das piadinhas infames que todo mundo ri pra caralho não sei por quê - tá, eu também rio. Mas continuo sem saber por quê. A galera gosta de fazer uma carinha de hahaeuseioquantoissoébomgentem. E quem fizer mais cara de safado, quem soltar a melhor piada, é o melhor de cama, né? u.u
Falando nisso, Madonna se supera. Não na cama, nos clipes (embora talvez na cama também). Enfim, além de ter produzido vários clipes bastante sexuais, um deles foi considerado pela MTV o mais sexual de todos os tempos. Tão sexual que não foi exibido na TV por causa da censura. HAHA. E hoje eu tava vendo Hollywood no Youtube. Ela realmente se supera. Até sexo com o telefone Madonna, vestida de Monroe no clipe, tenta praticar. oO Hm. Olha as fotos.




Aquela propaganda do "Homens, cuidado, vocês vão virar geléia" é tão a cara dela.



sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008




"Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia. O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas.(...)Bobo não reclama. Em compensação como exclama! Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz. O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos.Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. (...) É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo." Das Vantagens de Ser Bobo - Clarice Lispector
  • (F)
beijo especial pra minha francesinha.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Caio Fernando Abreu

Sabe aqueles escritores de fundo de escritório afundados em seus laptops? Pronto, Caio não é um deles. É simplesmente encantador o espírito jovem que perdurou em um homem que foi obrigado, pelo tempo, a envelhecer (não falo o envelhecer físico, porque morreu cedo, mas, sim, do envelhecer psicológico, sinônimo de maturidade).

Os verdadeiros escritores vivem, pensam e escrevem intensamente. C. Fernando se preocupou em passar por essas três intensidades, diferentemente de alguns escritores, que viveram apenas as duas últimas. E aí talvez esteja a ideologia jovem que perdurou durante toda a vida de Caio. O que é lindo nos textos dele é a transparência do hedonismo, a necessidade de viver, de experimentação. Isso não significa que ele seja apenas apegado aos prazeres, à matéria, porque ele guarda dentro dos seus textos um misticismo religioso, ligado à astrologia, religiões africanas, budismo, hippiesmo, sem discriminações, e acreditando em algumas verdades de cada doutrina.

É lindo o amor de Caio pela vida. Pelos mistérios da vida. Pelas obscuridades entre sintonias perfeitas. É crucial o espaço entre cada palavra escrita, porque são nesses espaços que soam a fortaleza de cada palavra, vomitada, como uma necessidade de expressão.

O que também é lindo em Caio é vontade de ser o que se é sem importar-se com os limites que possam surgir. Muitas vezes, quase sempre, existe medo. Para Caio, o medo também faz parte de um ser.


É que Caio escreve contos muito lindos, e um dos que mais gostei foi Terça-Feira Gorda. Trata de uma paixão de Carnaval entre dois homens (sim, ele era homossexual), e tem uma parte que me tocou bastante "Plâncton é um bicho que brilha quando faz amor, ele disse. E brilhamos". Isso eles fazem amor abaixo de um céu estrelado, com as Plêiades intensamente vivas. Resolvi colocar essa foto de livro de biologia (haha), porque achei interessante os pontinhos brilhando por trás dos plânctons, parecem estrelas. E os plânctons parecem pintura, bem diferentes daquela baratinha do Bob Esponja.

Se vocês quiserem um livro dele pra ler, aconselho O Ovo Apunhalado. É tipo, MUITO bom. Morangos Mofados e Triângulo das Águas também são bons, mas tive um pouco de dificuldades em alguns contos. E dos contos avulsos, na internet, tem Sargento García, Aqueles Dois, Para uma avenca partindo. É só catar no Google.


Quero dois desse.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008


A grande lição a tirar daí é que torna-se preciso perder a importância própria para apreciar realmente o mundo ao redor. A vaidade faz com que nossos problemas pareçam a coisa mais importante da vida e faz com que tratemos mesquinhamente a realidade. Um bom exercício para se perder a importância própria é conversar com as plantas, ensina don Juan.


Trecho retirado de uma reportagem relacionada ao livro Uma Estranha Realidade, de Carlos Castañeda. Ainda estou lendo, mas o pouco que li já me dá base para lhes aconselhar essa leitura.


Queria agradecer a todos os meus babões que comentaram no post anterior. Eu acabo ficando feliz com essas pequenas coisas. E espero que vocês comentem sempre, tá? Não só agora! Una =p hahaha.


Vou conversar com as plantinhas... Conversem também, tá? Todos nós precisamos.

sábado, 9 de fevereiro de 2008




"Eu preciso muito muito de você eu quero muito muito você aqui de vez em quando nem que seja muito de vez em quando você nem precisa trazer maçãs nem perguntar se estou melhor você não precisa trazer nada só você mesmo você nem precisa dizer alguma coisa no telefone basta ligar e eu fico ouvindo o seu silêncio juro como não peço mais que o seu silêncio do outro lado da linha ou do outro lado da porta ou do outro lado do muro. Mas eu preciso muito muito de você." Caio Fernando Abreu.
"Porque agora vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte, então, conhecerei também como sou conhecido. Agora, pois, permanecem em fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor."

domingo, 3 de fevereiro de 2008

"Loving-self can be so hard, honesty can be demanding. Learn to love yourself it's a great, great feeling" I ain't movin' - Des'ree
De algum modo, em algum lugar, a gente acaba se encontrando. Um dia a gente acorda e consegue pôr ordem em alguns pensamentos que nos atordoaram durante alguns meses, e, quando a gente põe ordem dentro de si, é sinal de que estamos prontos para, pelo menos, traçar alguns objetivos. E se esses objetivos não agradam a quem nos conheceu a alguns anos atrás, não importa, são escolhas que temos de tomar, que só de serem tomadas em estágio pleno de consciência, em extrema organização de prós e contras, já nos tornam felizes pelo fato de termos pelo menos arriscado nas nossas cartadas. Independentemente dos outros, temos que viver o que consideramos bom, o que consideramos saudável. Ou até mesmo viver o que não consideramos saudável, mas consideramos atraente. Independentemente dos outros, temos que ser. E ser pode doer demais, pode ser muito difícil, mas é um ato completamente próprio. E genuíno.