terça-feira, 22 de julho de 2008



Respirar compassado
olhos infinitos, cadê meus óculos?
perdi-os...
sinto meus pés a sustentar-me
essa cabeça louca
insustentável, por segundos
insuportável, por milésimos deles

sinto mãos e braços
abraço-me de doçuras
de peles, cada célula-unidade
unidas em conjuntura
por amor à vida

vejo-me, no espelho
dentes mais brancos
sorrisos mais limpos
olhos brandos e tontos
de tanta amplidão, abertura

dilatei-me. isso é liberdade?
lança içada. lançada estou.
protegida e jogada
esparramada em mim, nos meus
casos e amassos

sinto-me sendo
sã, salva
nova, noiva
de um altar abandonado
- Sorte
Há males que vem para o Zen.

2 comentários:

Unknown disse...

entendo vc! parabéns!

Unknown disse...

Bom se jogar em nós mesmos e nos entrelaçarmos em desejos finitos impostos pelos tempos... passarei sempre por aqui, saudações!