sábado, 27 de setembro de 2008

um parágrafo

Seus cachos e braços e bocas e dentes me mastigam assim por dentro, por frente, em mente. enrolam meus gestos e frases fracas, mas fortes, expressivas de um amor indizível, invisível, indivisível, amor só meu, solitário, mas único. amor meu que junto ao amor seu vira um novo amor de alma junta que se ajunta mesmo desse jeito vicioso e simbiótico do doiseum. seus olhos de brilho assim parecem aquela lua que vi um dia em uma cidade desconhecida e profundamente doce seus olhos são doces mas parecem gulosos dos meus olhos-frutas também gulosos dos seus olhos e beijos e cheiro de jogo que me leva nessa dança de cachos e braços e bocas e dentes, nessa dança de corpos juntos, nessa trança de provocações que me enrolam como os seus cachos são enrolados, que me enrolam, ah... que me enrolam nesse novo nó que me prende a um nosso novo ninho de intenções.

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