sábado, 18 de outubro de 2008


Feito massa de modelar, são os nossos dias. Existe o preto, o branco, vermelho, verde e todo o resto de cores que traduzem com especial delicadeza (ou brutalidade) o mundo. Este é feito de cores e, especialmente, formas. E são essas formas que variam. Enquanto existe hoje o pretinho cor de feijão caseiro e comida gostosa, amanhã pode virar aquele monstro com bocas enormes capazes de engolir até buraco negro. O pedaço de massa de modelar branca, que formava um algodão doce, pode, também, ser transformado na indiferença, uma bola disforme abandonada no canto do quarto. Tem também o vermelho, cor da paixão, que forma coração. Tem o amarelo do sol e da tanga, tem amarelo manga. Tem o roxo que pede Outubro ou nada. Ou tudo: e foi o que chegou, com cores intensas e formas disformes.

Os nossos dias são feitos de massa de modelar. (des) construções e ao som de (en) cantos da nota ré: refazer, regar, remodelar, conforme a imaginação que fez a fôrma da forma amada.